O modo de vida de cada época e cultura molda nossos hábitos e modos de viver. Dessa forma, nossas emoções, sintomas psicológicos e as psicopatologias também se relacionam com essa realidade.
Isso ocorre porque a sociedade, a cultura e os eventos históricos, bem como a realidade e lugar social que ocupamos, desempenham um papel importante na forma como cada pessoa se sente e se comporta.
Um jeito de ilustrar isso: Imagine que você é uma árvore. Seu crescimento e saúde dependem do solo em que você está plantado, do clima e das condições ao seu redor. Da mesma forma, as pessoas são como árvores, e o ambiente em que vivem também compõe sua vida – sua saúde mental e emocional.
Isso tudo para dizer que nós estamos diretamente relacionados com aquilo que nos cerca – nossa família, nosso lugar e rede social, nosso trabalho, cidade, bairro, os hábitos culturais e históricos do momento em que vivemos, etc.
Portanto, é importante reconhecer que nossas experiências, inclusive sintomas psicológicos, não ocorrem isoladamente, mas tem relação com o momento e contexto em que cada pessoa vive.
Isso destaca a importância de abordar questões de saúde mental não apenas no nível individual, mas considerando sua rede de relações, ambientes, história e contexto de vida.
Por exemplo, em diferentes países notamos estilos de vida, sofrimentos e recursos emocionais diferentes. Isso acontece porque as pessoas estão intrinsecamente ligadas ao mundo que as cerca.
Também se aplica a diferentes períodos históricos; atualmente, tanto os problemas de saúde quanto as estratégias para enfrentar desafios são distintos dos do século passado.
A compreensão da conjuntura mais ampla da vida da pessoa pode ajudar a promover o apoio e o tratamento adequados para quem está em sofrimento.
A experiência humana é profundamente influenciada por fatores psicossociais. Ignorar esses aspectos pode levar a uma compreensão incompleta dos problemas de saúde mental.
Cada pessoa é única, e o que desencadeia ou agrava seus sofrimentos ou sintomas psicológicos pode variar amplamente. Compreender e se aprofundar no contexto pessoal e ambiental ajuda os profissionais de saúde mental a personalizar o acompanhamento.
Além disso, compreender os fatores sociais e contextuais envolvidos em psicopatologias é necessário para combater o estigma em torno das doenças mentais.
Isso mostra que as dificuldades emocionais não são simplesmente “fraqueza” ou “problemas internos” de uma pessoa, mas tem relação com circunstâncias externas.
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